"Whoever said money didn't buy happiness didn't know where to shop."
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Pára o tempo, faz-lo voltar para trás, faz com que voltes para mim. Abraça-me e fica ao meu lado inês. Já se passaram tantos dias que a tua ausência é do tamanho de todos os oceanos juntos. Tenho saudades das tuas cores, dos teus cheiros, da tua forma de rir, do teu cabelo meio ondulado. Sinto saudades de um ser como tu, tão pacífico, tão nostálgico. Os dias tornaram-se mais uma vez longos, longos demais para uma alma que espera mudança. Inês, a melancolia infinita em mim voltou, e as palavras deixaram de preencher o meu coração por completo.
Não estou de coração partido por um desgosto de amor, estou de coração partido por ter perdido uma possível grande amizade. Voltei a perder um daqueles amigos que só com o sorriso aqueciam-me a alma, como eu tenho uma tendência enorme para perder esses amigos. Gostava de puder falar com ele abertamente e dizer que, eu não o quero perder mais do que já perdi, mas infelizmente já tive uma dessas conversas muito sinceras, e o resultado só durou poucos dias, e com poucos dias refiro-me a só a um. Foi o único tempo em que eu o vi a preocupar-se para reforçar uma conversa de nós os dois. Inês, eu quero-o aqui como meu amigo, eu quero ter a chance de redimir aquilo que eu fiz de mal, mesmo não sabendo o que foi. Quero voltar atrás e fazê-lo ficar, porque não suporto mais perdas.
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
"Tenho que estudar, tenho que estudar, tenho que estudar, tenho que estudar, tenho que estudar!" É isto que o meu pensamento diz, mas simplesmente não estou a conseguir fazê-lo. Sempre que abro o livro de química sinto-me a afundar em palavras sem sentido, e depois, lembro-me dele. Já não tinha problemas de concentração há tanto tempo minha doce inês. Sinto-me pequena entre as folhas do mundo dos grandes. Sinto-me sem motivação para pegar no livro e tentar tirar uma boa nota inês. Sinto-me cansada de viver, e desta vez, tenho todas as razões para isso. Inês, meu doce cubo de açúcar, o que é que se passa comigo? Porque é que me sinto tão desmotivada? Porque é que me sinto tão confusa? Porque é que me sinto tão cinzenta? Será que estou em depressão total e só não o quero admitir? Será que a Mamã e a Médica têm razão? Será que os dias deixaram de ser dias e passaram a ser fardos? Tantas questões e nenhuma resposta.
Se eu pudesse ter-te aqui só mais uma vez, se eu pudesse entrar no guarda-fato e sair em Narnia, se eu pudesse perder-me num livro... Se eu pudesse não ama-lo tanto. É essa a questão não é? É por dedicar tanto espaço no meu cérebro a ele que fico sem concentração alguma para o resto do mundo. Precisava que tudo voltasse atrás no tempo, e não falo no ano passado, falo de há muito tempo atrás, quando o meu coração era meu e de mais ninguém.
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Estar longe de ti tanto e depois voltar-te a escrever fez-me perceber que, já não sei viver sem ti, porque tornaste-te um dos meus maiores apoios psicológicos inês. O dia de hoje foi dos Diabos, só me apetecia fechar os olhos e ser levada para Narnia. Sim minha doce bonequinha de porcelana, agora sonho com Narnia e com outra oportunidade de ser feliz, aquela que, só em sonhos existe. Mas vou ser directa ao que te queria dizer, hoje ele voltou a fazê-lo, voltou a magoar-me. Ele não têm, nem nunca vai ter noção das coisas que me faz. Estávamos todos num grupo, e do nada, por nada, ele teve de arranjar alguma coisa para se meter com ela. O que é que é suposto eu fazer, inês? Nada que eu faça vai fazer o tempo voltar atrás, e se isso fosse possível eu estaria apenas a ser uma pessoa horrível para ele.
Penso em magoá-lo como ele me magoa a mim, mas depois chego a conclusão que, não sei se iria mesmo magoá-lo, ou iria apenas magoar-me por pensar que o estava a magoar. No início tudo apontava para que iríamos dar-nos mesmo muito bem, acabei por sentir-me enganada pelo futuro, e tudo o que eu esperava entrelaçou-se e quase me matou de tanta dor. Ele gosta mesmo dela, e por mais que eu me zangue, por mais que eu tento afastá-los mentalmente, por mais que eu me magoo, por mais que eu morra por dentro, por mais que eu chore às escondidas, nada disso vai fazer que ele volte a preferir-me. Inês, minha Julieta, apenas acho que nada disto está certo.
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